sexta-feira, 12 de novembro de 2010

TALVEZ... QUEM SABE?

Se você soubesse como é doloroso um momento de solidão, talvez entendesse a dor.

Se você soubesse como é frustrante a negação de um sorriso, talvez entendesse a minha angústia.

Se você soubesse como um olhar carinhoso aquece um corpo gelado de medo, talvez você entendesse o frio do abandono.

Se você soubesse como é triste a ausência de quem se ama, talvez entendesse o vazio de um corpo.

Se você soubesse como machuca o tom agressivo de uma voz, talvez entendesse o silêncio de uma lágrima.

Se você soubesse como é vazio o momento sem você, talvez entendesse um peito repleto de saudade.

Se você soubesse o sabor de um beijo, talvez compreendesse a ansiedade de uma boca sedenta.

Se você soubesse a dimensão de um sentimento maduro, talvez pudesse reconhecer um amor de verdade.
Este poder que as mulheres têm de sair inteiras de mergulhos profundos nos poços da vida é que , com certeza, me permite traduzir emoções, relatar aventuras e questionar a validade dessas surpreendentes e novas experiências.

Escrevo, não por acaso, não por obrigação, mas a dança do lápis se dá, quando as emoções explodem e precisam sair. Quando e onde somente elas podem determinar e exigir. Muitas vezes, quando quero, os traços são lentos e preguiçosos. Vazios.

Muitos, talvez, não entendam o meu falar de angústias, de grandes amores, de grandes abandonos, de exploradas conquistas, mas o que somos nós senão um somatório de tudo e de todos? Do bom e do ruim?
Falo do bom e do ruim com o mesmo desprendimento, pois um não seria parte de mim, se o outro não ocupasse minha outra metade.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010


Quanto espaço!
Quanto ar!
Quanta dor!
O inconsciente é realmente uma loucura!
Faz do paradoxo o real comando da vida. Nao é admissível alguém viver com tanta tristeza.
Engraçado que nao me sinto triste.

Essa que sofre, que chora, que é se acha dependente do que magoa, sei que não sou eu.
Mas é tão difícil sair dessa armadilha.
Eu quero ser feliz - sempre.
Eu sou.
Mas estou num papel que não é meu.
Não quero, nao gosto de ser assim.

Sinto que estou cada vez mais perto da liberdade
Sinto a crueldade cada vez mais longe de mim.

Hoje eu assumo a responsabilidade de ser mais feliz a cada dia.
Cada dia mais livre e mais presa a mim mesma.
Porque eu sou especial sim.

Há amores passageiros; esses nao são os primeiros, principalmente o primeiro. Inesquecível, lindo, puro, perfeito. Até... surgir o amor verdadeiro. Essse sabemos que nao há, mas tenta-se.
Então aquele que encanta, cresce e dura,mas acaba. Nossa!
São tantos, são lindos, são tolos.

Mas há sempre aquele que nos acompanha onde quer que estejamos, com quem quer que vivamos.
Esse é realmente o amor com letras maiúsculas.
Se não está conosco, está cravado no fundo do coração e sempre que o pensamos adormecido, ele acorda e mostra que é motivo de muita saudade.
Esse é eterno!

Por enquanto...

Na rua, olhares perdidos como o meu.
Pessoas pesadas como minha angústia.
Esse é meu juízo de valor para o mundo que , cinza, pesa na minha alma.

Um olhar gelado, mata.
O desprezo, anula.
A companhia se esvai.
Quanta solidão a vida a dois me trouxe.
E não vejo jeito de ser diferente.
A rua é minha liberdade
A casa minha prisão que como ímã
me enclausura.