Ouço no silêncio da minha quietude, um turbilhão de dúvidas e outros tantos de certezas.
Nossa! Como é difícil viver!
Cheguei às portas da terceira idade e sei que ainda não aprendi nada ou quase nada.
Visitar vez ou outra minha alma é doce e cruel. É a eterna dualidade cantada pelos poetas. Uma parte de mim ... outra parte.
Difícil mesmo é conviver com a dúvida. Será que o amor existe?
Estou chegando à conclusão de que amor é doença que mata, que degenera o corpo, a alma, que estraga o dia e aperta o peito durante a noite na tentativa de sufocar um grito de liberdade “parado no ar”. São amarras cruéis que só fazem mal.
Os amores secretos, silenciosos, escondidos, esses duram e fazem bem, pois não são corridos por um desejo infantil de estar junto de alguém o tempo todo. Isso é loucura.
Esses amores são cúmplices e sintonizados, não invadem e chegam sem serem chamados e, pasmem, na hora certa.
Como faz bem!!!!!
Experimentar meu espaço, perceber minha amplitude
Sentir-me bem e me saber na medida só é possível quando estou sozinha, não na solidão- aprendi que sentir solidão não é ser solitário. Podemos ser o centro das atenções e profundamente solitários e podemos estar sós e bem acompanhados de nós mesmos.
Um dia eu chego lá.
Mara Gonçalves / dez 2008
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Lindo texto Mara, parabéns! são infinitas as possibilidades de amar e sentir-se amado e mesmo de conjecturar sobre a existência do que chamam amor. Assim como a solidão, tão íntima e tão diversa para cada um. Você contemplou dois sentimentos antagônicos e talvez complementares com maestria. Posso divulgar o link do seu blog, no meu? Qualidade é sempre o quanto procuro divulgar. Beijos.
ResponderExcluirMara querida, lindo o que escreveu, vou ficar freguesa. bj Fatima
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